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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011



Esse vídeo foi um trabalho para uma matéria de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto. E também uma reação a atos homofóbicos transmitidos por alguns membros do facebook e dessa  mesma digníssima faculdade. créditos ao final do vídeo. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Você pode apanhar por estar de mãos dadas com outra pessoa do mesmo sexo e você não pode ser preso se você é quem bate.



Isso pressupondo o que diz a bancada evangélica do governo (principalmente esta, já que a católica por mais que não apareça com seu nome na polêmica também demoniza quem aceita amar independentemente de um órgão. Seja este físico ou institucional) , 
São estas mesmas pessoas que ao mesmo tempo que fala de deus e proteção á família, fecha as portas e os olhos á violência com que são tratados todos aqueles que buscam sua felicidade dentro da nossa realidade. 
Faz cinco anos que fui a minha primeira parada gay, em São Paulo, e mesmo que na época eu tivesse saído escondida da minha família, mesmo que os amigos mais íntimos ainda me olhassem com certo receio sobre "a fase" a qual eu estava passando, eu tava querendo conseguir uma bandeirinha de plástico de seis cores com escritas em favor da criminalização da homofobia. Não era uma tomada de consciência, era um sinal de que mais bomba viria pela frente, bombas caíram na minha cabeça depois que eu vi aquela Avenida tomada por pessoas alegres pelo simples fato de estar com sua família debaixo do sol.... todos, Papai, Papai e crianças. Mamãe empurrando o carinho e a mais velha no colo da Mamãe. Bombas.... não de gás lacrimogênio (dessa vez não) mas de palavras explosivas embrulhadas dentro das pessoas.  

Este ano pela primeira vez foi colocado na mídia a pauta política e educacional do quanto é necessário respeitar ( dentro do trabalho, das escolas e do poder judiciário) não só a identidade de quem ama fora da heteronormatividade, mas também sua forma de ganhar a vida, sua liberdade de proteger e cuidar de sua família, de seus colegas de trabalho, de amigos, de alunos, seu modo de se colocar com sua imagem social. 

De presente de final de ano nossos célebres e tão bem pagos governantes vai dar para mais de 18 milhões de brasileiros, incluindo eu, a imunidade para quem quiser me espancar, me ofender e desrespeitar só porque eu, como muitos, queremos viver nossa própria identidade. 

   

domingo, 11 de dezembro de 2011

DU  A E I O para me colocar aqui pelo direito...

da marcas de patas de galinha marcadas no chão
da cara de boba da minha mãe quando ela me olha de baixo
da minha priminha mais nova me chamando de doida
da malocada e malandragem
da opção de todos ao escolher a vida ou não
da voz de criança rindo

de andar sorrindo como se não existisse mundo
de permitir o sentimento e de vez em quando a razão
de ver como meu cabelo pode representar minha identidade
de ver como meu cabelo pode me representar em olhos espantados
de lembrar da minha mãe
de assistir filme de criança, junto com crianças

di saber que acima de todo morro tem um marimenso
di seguir andando mesmo quando parece que minhas pernas não aguentam
di batucar pela vida toda
di falar por toda vida em favor das mulheres, negras e gays
di ver o bloco na rua
di misturar as letras das músicas

dos meus tios contado causos de terror
do barulho de panela de pressão com cheirinho de louro
do jeito doido que as pessoas diferentes de mim olham o mundo
do caminhar maroto dos cachorros das ruas
do calor das 10 horas da manhã
do sol deixando meus olhos baixinho

dus guetos
du maracatu e o rap
du samba e o coco
du tambor e o forró
du carimbó e o rock
dus pretos lá de casa!